Os desafios e paradigmas que regem o setor de bens de consumo no Brasil e no mundo, apesar das peculiaridades e nuances específicas de cada região e subsetor (alimentos, farmacêutico (OTC), vestuário, duráveis, etc), mostram uma similaridade típica de um modelo competitivo pautado em alta rotatividadede larga escala de produtos com baixa participação relativa no wallet share dos consumidores.
Em um panorama setorial como este – onde empresas, marcas e produtos disputam acirradamente uma base de clientes consolidada, através de táticas comerciais como redução de preços e promoções; combinação de atividades massificadas e personalizadas de comunicação e marketing; gestão otimizada de mix de canais de suprimento e vendas – frente à consolidação do varejo, surgimento de novos canais, e consolidação da Internet como canal transacional – sobressair é tarefa complexa até para líderes de mercado.
Na maioria dos casos, a solução encontrada pelas empresas está na racionalização de portfólios de marcas e produtos; alavancagem de investimentos em marketing e comunicação; diferenciação em modelo de gestão de canais, operações, logística, produção e suprimento, etc; e inovação, em ciclos curtos e recorrentes, como vetores central para a geração de receitas incrementais.
Porém, assim como muitos bens de consumo se tornaram commodities, tais estratégias não surtem mais os mesmos efeitos de antigamente.