A atuação insuficiente do Estado frente às demandas sociais cada vez mais agudas e urgentes, criou um enorme mercado carente de serviços de caráter primordialmente público, como saúde e educação, onde organizações sem fins lucrativos e não governamentais operam formando o chamado 3º Setor.
Para se ter uma idéia de sua importância e tamanho, segundo dados do IBGE, existiam em 2002 cerca de276 mil organizações sem fins lucrativos no Brasil, que empregavam cerca de 1,5 milhão de assalariados, o que corresponde a 5,5% dos empregados de todas as organizações formalmente registradas no País.
Tal representatividade, se pelo aspecto social é positiva, pois demonstra o poder da iniciativa privada e civil, pelo aspecto mercadológico aumenta a competitividade e disputa entre estas instituições por recursos escassos, ainda mais quando se tratam de recursos financeiros provenientes de doações, repasses, investimentos pontuais, entre outras modalidades de financiamento ou de recursos operacionais como mão de obra voluntaria.
Em épocas de crise e recessão, como a que vivemos atualmente, as doações se reduzem, justamente quando os problemas sociais aumentam, deixando estas instituições sem recursos e seus beneficiados sem produtos e serviços essenciais.
Assim, um 3º Setor com fundações sem fundos e instituições sem fins lucrativos sem lucro é um setor impotente e incapaz frente a magnitude de seus desafios.
Desenvolver uma Estratégia Mercadológica associada a causa da instituição e capacitar seus profissionais a Gerenciar Recursos e Atividades com qualidade e proessos (PDCA) é premissa para o sucesso no 3º Setor.