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Na disputa cada vez mais aguda pela atenção do consumidor, todos os olhos se voltam para o ambiente virtual e suas múltiplas possibilidades de comunicação, interação e relacionamento com clientes.

Hoje, não se pensa mais em mix de marketing que não tenha www. Dessa forma, entendemos que as 3 principais tendências atuais do marketing se retroalimentam a partir dos novos formatos e interfaces da mobilidade, associados à capacidade de identificar e trackear o comportamento do consumidor (Customer Behaviour via Web Metrics) e impactá-lo com maior precisão através do Marketing Digital.

Em épocas de vacas magras como a atual, onde a estratégia está pautada na otimização de verbas cada vez mais escassas, o budget de comunicação e marketing busca cada vez mais a migração da mensagem de uma marca, produto ou serviço para o mundo virtual, em seus portais, sites, comunidades, aplicações, sistemas, interfaces, funcionalidades, ambientes… Porém, conforme a popularização e o acesso ao mundo virtual através de devices móveis se ampliam, encontramos uma oportunidade e um risco sistêmico aos planos de marketing e comunicação digital.

Os ambientes digitais como portais, sites e comunidades nasceram e cresceram formatados para uma realidade de interação suportada por monitores 19 polegadas, teclados ergonômicos, mouse e uma cadeira confortável. Porém, cada vez mais esta realidade de interação deixa de ser exclusiva e, pior, quase que inacessível através dos devices destinados a concentrar o acesso ao mundo virtual em um futuro breve.

Se o Apple II significou o surgimento da nova geração da computação pessoal ao trazer a interface gráfica para seus usuários acostumados com linhas de comando e linguagem de código de programação, o paradigma que devices como iPhone e Google Android ou NetBooks representam são uma verdadeira revolução nas formas de construção, multiplicação e disseminação de conhecimento, informação, conteúdo, mensagem…

A Era do Conhecimento é uma realidade há eras. A novidade, que intuitivamente tateamos e aos poucos surge na consciência, é que o formato passa a ter mais relevância que o conhecimento em si.

Resta-nos dar as boas-vindas para a Era do Formato, a era que reza pela máxima do “de que adianta”. Senão vejamos:

  • De que adianta o conhecimento do mundo ser todo digital, se você não consegue encontrar o que deseja, pois todo o conhecimento do mundo é digital?
  • De que adianta vastos portais temáticos sobre seus temas de interesse se você não tem tempo de ler e analisar tudo?
  • De que adianta o site mais interativo da Web se instalar o plug-in no navegador é repetidamente impossível?
  • De que adianta as melhores soluções de negócio se estas estão escritas em indecifrável linguagem técnica?
  • De que adianta todas as comunidades virtuais se não é possível colaborar com a pessoa certa?

O indivíduo-usuário-internauta-consumidor-cliente quer respostas para suas perguntas cada vez mais complexas (conforme suas necessidades se tornam crescentemente complexadas), mas só desejam beber da fonte do instantâneo, remoto, móvel, one-touch, simples, intuitivo, descartável, experiencial.

Ele só deseja este conjunto de valores, pois sabe/percebe/infere que é possível. O indivíduo vislumbra a possibilidade e a vive pontualmente nas iniciativas geniais de poucos visionários e empresas pioneiras. Quer entender do que estamos falando? Sekai Câmera. Para ele é uma questão de tempo e paciência para que o mundo se adeque a esta nova realidade.

Na prática, isso significa um movimento brusco, uma mudança de rumo em torno da reescrita do conhecimento, conteúdo, informação, mensagem, etc em formatos e interfaces adequados para cada ponto de contato e momento da verdade da relação do indivíduo com uma marca, mensagem, empresa ou indivíduo independente do meio ou canal utilizado.

A Web se consolida como um fenômeno anti teoria do mundo plano, ou seja, da mensagem massificada (já concluímos isso há mais de ano em nosso estudo sobre Web 2.0). A possibilidade de adequação da mensagem aos diversos contextos de uso e ambientes online em função do de sua relevância definida através de histórico de acesso, acesso (click throught) e colaboração rate abre novos horizontes para a conversão de tráfego (e de oportunidades comerciais). O Google já está pensando nisso. Desde 2003.

Mas a fronteira para a adoção mais democratizada do marketing na Web de forma disseminada foi cruzada em 2006 com o lançamento do Google Analytics, que fez com que o mercado de métricas digitais em todo o mundo crescesse principalmente nas pequenas e médias empresas (o Google Analytics é gratuito, ao contrário de outras ferramentas de Web Analytics).

Através de seus relatórios e estatísticas é possível medir qualquer tipo de micro interação do usuário no site, saber informações completas da sua navegação e até cruzar dados fornecidos pelos usuários, como idade, localidade, etc. Tais informações cruzadas são essenciais para se achar tendências e indicar pontos de melhoria na experiência do usuário com o site e com a marca, uma vez que é possível entender o seu consumidor com grande confiabilidade e sem incomodá-lo com pesquisas de satisfação.

A partir do momento em que este consumidor se torna cada vez mais digitalmente habilitado e seu comportamento se torna passível de monitoramento e compreensão holística, as empresas e agentes passam a ter acesso a uma ferramenta de marketing com embasamento matemático e até científico, diferente da experimentação e guessing ao qual o marketing é comumente associado.

O Marketing Digital, com suas métricas bem tangíveis para campanhas e planos de marketing e comunicação, representa o fim do investimento sem obrigação de resultado. Na era do “De que adianta”, explorar o arsenal de conhecimento de marketing embasado que a web proporciona adianta principalmente quando falamos de:

  • Web Advertising
  • Search Engine Marketing
  • User Generated Content
  • Social Media Investment
  • APIs e Mashups
  • Etc…

Adentrar neste novo mundo de possibilidades de marketing e comunicação é, ao mesmo tempo, um desafio e uma quebra de paradigma. Mas não se esqueça que o consumidor aguarda a next big marketing thing. E ela vem com www, de preferência em mobile.

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