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O direcionamento pela busca de resultados de curto prazo à custa do exercício de práticas não sustentáveis acaba por expor a própria sobrevivência da empresa, que mais cedo ou mais tarde colhe as penalizações e punições decorrentes de sua imprudência e falta de visão coletiva.

Os fatores geradores do sucesso de longo prazo são tão importantes quanto o lucro em si. Enquanto o lucro garante a satisfação pontual de acionistas, a adoção de processos corretos, práticas sustentáveis e políticas que primam pela ética formam a base para geração de lucros constantes.

Vivemos em um sistema com regras a serem cumpridas e interdependências que geram compromissos econômicos, legais, sociais e ambientais com os diversos agentes de relacionamento que compreendem o ambiente em que se realizam as atividades empresariais.

A cadeia de valor de uma empresa moderna não se restringe somente aos aspectos diretamente relacionados às atividades produtivas da empresa, mas também às questões sociais (pessoas) e ambientais (base de recursos necessários para a existência), uma vez que estas 2 dimensões também trazem impactos diretos aos resultados de empresas.

Vivemos em um ambiente simbiótico com consequências diretas das ações praticadas. Esse tipo de sistema, quando bem construído, se auto alimenta, constituindo ciclos virtuosos, que prescindem de um alinhamento e comprometimento entre todos os stakeholders diretos e indiretos acerca de premissas sustentáveis de gestão e inserção dos mesmos em suas missões e estratégias corporativas.

Entretanto, o equilíbrio e a ponderação nos esforços dispensados para a construção de uma operação sustentável baseada nos pilares do triple bottom line (econômico, social e ambiental) ainda são vistos como de difícil aplicação, principalmente quando o vetor econômico é afetado no curto prazo. Porém, a não observância do chamado TBL e a adoção de práticas não sustentáveis, acabam por maquiar custos, despesas e potenciais passivos (decorrentes da necessidade de se mobilizar estruturas e equipes para gerirem riscos, processos, stakeholders, imagem corporativa e demais aspectos legais, sociais e ambientais), que afetam diretamente os resultados apresentados e futuros.

Acionistas, consumidores e clientes começam a perceber cada vez mais o risco embutido nas práticas não sustentáveis, começam a exigir maior transparência, profundidade e detalhamento dos resultados e clareza nas políticas adotadas pelas empresas.

Fundos de investimento com carteiras de empresas consideradas sustentáveis são montados e historicamente provam com resultados mais consistentes de performance que a adoção dessas práticas sustentáveis, quando alinhadas ao core-business e demandas setoriais da empresa, geram resultados que são potencializados pela percepção gerada no mercado de intangíveis como perenidade, qualidade de gestão e reputação.

A capacidade de gerar receitas e lucros de uma empresa, cada vez mais, depende do papel econômico, social e ambiental desempenhado por ela e também percebido pelos stakeholders. Mais importante que uma alta performance financeira num dado período é a garantia de lucros constantes por muitos períodos. É essa a aposta de valor dos sustentáveis.

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