Revista Petronotícias – Maio, 2016
Sem sinal de melhora no curto prazo, a crise da Petrobrás vem se desdobrando em impactos por toda a cadeia industrial. A baixa confiança do mercado e as dificuldades para novos projetos fizeram com que a empresa saísse do ranking Mais Valor Produzido (MVP) – Agro/Química e Petroquímica 2016, que avalia as companhias mais valiosas do setor químico nacional e que no ano retrasado deu a primeira colocação para a estatal. Elaborada pela consultoria Dom Strategy Partners e focada em quesitos como sustentabilidade e governança, a análise foi liderada pela BASF em seu segundo ano consecutivo.
O novo ranking conta também com a Raizen, em segundo lugar, a 3M, em terceiro, a DOW em quarto e a Bunge em quinto. Na comparação com o ano passado, houve piora na avaliação da Petrobrás e da Braskem, que obtiveram menor pontuação e deixaram a lista das cinco principais lideranças do setor.
De acordo com a consultoria, a análise é feita com base em tópicos como Eficácia da Estratégia Corporativa, Resultados Gerados, Crescimento Evolutivo, Valor das Marcas, Qualidade de Relacionamento com Clientes, Governança Corporativa, Sustentabilidade, Gestão de Talentos, Cultura Corporativa, Inovação, Conhecimento, Grau de Transformação e Uso das Tecnologias Digitais, entre outros. A partir dessas áreas, as empresas são avaliadas com uma nota que varia de 0 a 10.
“A definição de valor varia de segmento para segmento. No caso da indústria química, inovação e sustentabilidade nortearam os resultados do ranking neste ano”, afirmou em nota o CEO da Dom Strategy Partners, Daniel Domeneghetti (foto). Segundo a empresa, a revisão das análises foi feita por meio de quatro dimensões que definem o valor corporativo de uma companhia: resultados, reputação, competitividade e riscos.