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O futuro do setor de seguros e a certeza da eterna insegurança

Diário do Turismo, Outubro – 2016

*Por Daniel Domeneghetti

Empresas nacionais e internacionais, diferentes propostas de valor e modelos de negócio, ampliação de ramos e canais, inovações em serviços, produtos e tecnologia, dentre outras, são as variantes que podemos apontar como fatores que vêm tomando a atividade de seguro no País algo consideravelmente crescente e maduro.

Entretanto, como tudo que ambiciona crescer e se solidificar como regra, o mercado de seguros também se torna exposto e vítima da ação transformadora de hipermodernidade e da evolução social. As inúmeras transformações endógenas e exógenas, naturais ou artificias, que tanto a socidade, como os mercados vêm sofrendo não deixam margem para gestores das principais companhias de seguros que a posição conquistada hoje não deverá estar estabelecida no amanhã. Nada poderá ser tratado como definitivo nunca mais.

Certamente, o futuro próximo especialmente para as atividades de varejo de serviços em larga escala, fortemente impulsionado pelo fator digital, como é, cada vez mais, a natureza mutante do setor de seguros – não será uma continuidade linear do que encontramos hoje como formatos e modelos de empresa atuante no mercado.

E aqui formalizado a principal mudança que as companhias de seguros vem sofrendo de forma lenta, violenta e irreversível, mesmo sem perceber, se que isso é possível: a alteração definitiva de propósito, modelo, perfil de atuação, antes definida como indústria de produtos, sempre em abordagem B2B ou B2B2C, para varejo de serviços especializados em larga escala de seguros, com ou sem indústria de seguros coexistindo um modelo integrado, sobrepondo as dinâmicas, muitas vezes divergentes e até excludentes, de operações tradicionais B2B e até B2B2C aqui com integração das chamadas redes sociais colaborativas nos modelos de negócios.

Antes, porém, vale salientar que, dependendo dos ramos de especialização, do foco de mercado e da estratégia de negócios da companhia, é razoável admitir que diferentes tons de impacto se imponham de maneira específica para cada empresa. Desse modo, se, para algumas este desafio significa mudar totalmente seu foco de atuação e chassis operacional, para outras significa alterar seu posicionamento de mercado ou mesmo incorporar novas competências fundamentais para a competição eficaz nestes novos ecossistemas de negócios. É por isso que deve-se cumprir qualificar algumas das variáveis-chave que dão momentum, sentido e força este movimento.

Assim, se a essência do negócio será vencer vencendo a segurança, paz e compensações, ainda que baseadas em assumptions, probabilidades e modelos matemáticos, estatísticos, ninguém melhor que a própria seguradora para ser eternamente cobaia de si própria. Mas qual seguradora está compreendendo isso, efetivamente? Seja como for, bem-vindos todos à era do “estamos todos inseguros para sempre”.

*Daniel Domeneghettié especialista em Estratégia Corporativa, Top Management Consulting e Gestão de Ativos Intangíveis e CEO da DOM Strategy Partners, consultoria 100% nacional focada em maximizar geração e proteção de valor real para as empresas.

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