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Estudo mostra aderência das empresas brasileiras às tendências de consumo mundial

 E-Commerce – Abril, 2016

A DOM Strategy Partners desenvolveu o estudo “Estágio da AplicaçãonasEmpresasBrasileiras das Principais Tendências de Relacionamento com Clientes e Consumidores” com a proposta de mostrar o grau de adoção das companhias quanto às tendências apontadas como promissoras nos próximos dois anos, destacando quais são mais quentes, quais são aplicáveis na prática e quais são ou serão adotadas pelo varejo no Brasil.

A pesquisa envolveu 247 das 500 maiores varejistas de produtos e serviços de 20 subsetores – entre eles hipermercados, bancos e telefonia – e considerou 15 tendências que foram avaliadas pelo público entrevistado, composto por presidentes, vice-presidentes, CEOs, diretores de marketing, gerentes de relacionamento e de clientes, dentre outros atores.

O resultado mostrou que poucas tendências são aproveitadas no Brasil e, segundo o CEO da DOM Strategy Partners, Daniel Domeneghetti, o impacto na baixa adesão está relacionado, principalmente, aos fatores cultural, de infraestrutura e de perfil do consumidor brasileiro.

De cada uma das tendências que foram apontadas, a consultoria mapeou quais empresas no Brasil mais representam o modelo entre o grupo de companhias selecionadas e qual o grau de adoção do setor.

1. Fast Trending – propõe a possibilidade de aliar a alta escala com algum grau de especialização ou customização. Seu grau de adoção atinge apenas 8% do varejo. Os exemplos de redes que adotam esse modelo são Zara e Habib´s.

2. Inovar no Engajamento – aqui a tônica é disponibilizar canais, modelos, rotinas, programas e ações capazes de engajar o consumidor. Empresas como Chilli Beans e Puket são exemplos de organizações que adotam o conceito, que reflete em 27% do setor.

3. Inovar no Rethink (Beta Varejo – é adotada por 19% das empresas e têm como referência a Amazon.com e a Wine.com. A proposta é operar a partir da compreensão profunda de que a atividade é diariamente “re”definida a partir da perspectiva do cliente.

4. The Customer 360° (Approach) – é o desenho de operações totalmente centradas no cliente. O grau de adoção chega a 21%. Empresas como Chilli Beans e Amazon.com são exemplos de quem adotam essa cultura.

5. Curadoria – propõe que o cliente deve ser gerido como algo especial em todo seu ciclo de vida relacional. Empresas como Porto Seguro e Wine.com representam esse modelo, que atualmente é adotado por 24% do mercado.

6. Mass Consumization (Mais que TI, DNA) – é a tendência que procura, a partir da utilização e integração de tecnologias, plataformas, canais e forte inteligência de dados, permitir à companhia a disponibilização de produtos e serviços de maneira customizada e segmentada. O grau de adoção chega à casa de 25% e o conceito é aplicado por redes como Subway e Banco do Brasil.

7. Customers in the Center of Value Chain – trata-se do modelo que coloca o cliente no centro da cadeia de valor da empresa. Apple e Google são as referencias deste conceito, que hoje é praticado por 19% das organizações varejistas.

8. Delivering Offers, More than Products – é a prática que parte do conceito de que os clientes compram ofertas completas e não somente produtos. Dileto e Claro são exemplos de empresas que adotam essa tendência, que está presente em 31% das operações.

9. MCC (The Future of Technology) – Mobilidade, Convergência e Colaboração refere-se ao conceito criado pela E-Consulting Corp., que aponta para os três pilares da evolução tecnológica do varejo. Apple e Pão de Açúcar retratam esse modelo, que faz parte de 47% das companhias do setor.

10. Multicanais Proprietários e Terceiros Integrados – é a compreensão que a malha de canais de uma empresa não se restringe somente aos seus canais proprietários, mas também por canais de terceiros. 41% das empresas adotam essa prática e O Boticário e Itaú-Unibanco retratam essa tendência.

11. Data Driven Retail – é o “re”desenho operacional do varejo a partir do aumento da capacidade e inteligência da organização em coletar, compreender, beneficiar, armazenar, disponibilizar e utilizar os dados. Google e Walmart são as referência do setor, que aponta um grau de adoção de 28%.

12. Flagshipping + U$ – é o movimento de aproximação dos fabricantes com seus consumidores finais a partir da criação de lojas de varejo próprias. As referências neste caso são Bauducco e Swift. Apenas 12% do setor adota este modelo.

13. Bundle, Combos & Compounds – é a composição do portfólio de ofertas comerciais a partir da combinação de ofertas próprias e/ou de terceiros em prol de maior aderência comercial. McDonald´s e UOL trazem esse conceito em seus negócios. O modelo é bem aderente no Brasil, atingindo 47% do setor.

14. Sustentabilidade, Posicionamento e Reputação – é o varejo entendendo e assumindo na prática seu papel na cadeia de transformação sustentável da sociedade e dos mercados. Os exemplos de organizações que assumem esta postura são Natura e McDonald´s. O grau de adoção atual chega a 39%.

15. Mensurando o Long Term Sustainable Value – trata-se de um varejo que efetivamente se apropria de seus diversos intangíveis, como Marca, Relacionamento, Base de Clientes, Diferenciais de Oferta, Inovação, Sustentabilidade, Conhecimento e Modelo de Negócio. Apenas 11% das empresas aderem a esta tendência. Santander e Bradesco são exemplos deste conceito.

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