Portal Jornal da Paraíba – Fevereiro, 2014
Para avaliar a capacidade das instituições em gerar e proteger valor não apenas para si, mas também para seus clientes, consumidores, acionistas, funcionários e sociedade, a DOM Strategy Partners, consultoria 100% nacional focada em estratégia corporativa, criou o ranking MVP (Mais Valor Produzido) Brasil – Varejo. A listagem contém as 73 companhias do setor que mais geram valor a partir da percepção, avaliação e recomendação de seus stakeholders (acionistas, investidores, colaboradores, e governo).
O ranking foi dividido entre as seguintes categorias do mercado: varejo de produtos, varejo de bens de consumo, varejo financeiro, varejo de convergência, varejo de serviços e, por fim, varejo online. Ao todo são 24 núcleos diferenciados do setor contendo as três primeiras empresas colocadas de cada área.
De acordo com o levantamento, Centauro, Assaí, Alpargatas (Havaianas), Etna, Apple, Livraria Cultura, O Boticário, H.Stern, C&A, In Brands, Leroy Merlin, Fotóptica, Ipiranga, Localiza, Pão de Açúcar, Claro e Netshoes ocuparam o primeiro lugar de cada um dos 24 mercados elencados no ranking das companhias que mais geraram valor neste ano a partir da interação com os seus diferentes públicos.
No quesito rede de franquias, as empresas selecionadas foram O Boticário, Localiza e Cacau Show.
Para chegar ao resultado final, o estudo avaliou ativos como Eficácia da Estratégia Corporativa, Resultados Gerados, Crescimento Evolutivo, Valor das Marcas, Qualidade de Relacionamento com Clientes, Governança Corporativa, Sustentabilidade, Gestão de Talentos, Cultura Corporativa, Inovação, Conhecimento, Grau de Transformação e Uso das Tecnologias Digitais, dentre outros.
Para viabilizar a pesquisa, a consultoria se apoiou na metodologia EVM (Enterprise Value Management), corrente que defende a tese de que o valor produzido pelas empresas, tanto gerado, como protegido, seja este tangível ou intangível, é agregado (ou destruído) e materializado (quantificado) em função da percepção de valor apreendida e tangibilizado pelos stakeholders.
Queima de estoques marcou o varejo em janeiro
Segundo a CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), as vendas a prazo do varejo registraram alta de 5,07% em janeiro, sobre o mesmo mês de 2013. O resultado ficou acima da média esperada pela entidade para o ano de 2014, de 4,5%.
Segundo Roque Pellizzaro, presidente da CNDL, o desempenho acima do esperado pode ser explicado pelas queimas dos estoques de Natal, quando as vendas cresceram em ritmo fraco.
“Como, em dezembro, elas ficaram aquém das expectativas, os estoques das lojas passaram um pouco de onde deveriam estar e as liquidações de janeiro foram muito mais fortes neste ano”, explica.
Já a inadimplência dos consumidores no varejo cresceu 7,84% em janeiro, bem acima da expectativa para o ano, de 2,5% a 3%. “Historicamente, a inadimplência cresce muito em janeiro, em virtude do desarranjo orçamentário das famílias no fim do ano”, afirma Pellizzaro. Mas, segundo ele, isso não deve comprometer o momento de desaceleração da inadimplência pela qual passa o mercado consumidor.
Para o presidente da CNDL, o mercado brasileiro está mais amadurecido. “Amadureceu no aumento da renda, na empregabilidade e principalmente no crédito. Não conseguimos ver em 2013 aumento expressivo na concessão de crédito e isso deve continuar em 2014”, destaca.
Sofisticação dos sorvetes tira vendas dos supermercados
Enquanto os sorvetes tradicionais perdem espaço, o food service, com sorveterias gourmet, vai crescendo no Brasil. Conforme dados da Nielsen, que medem vendas em supermercados, apontam queda nas vendas nos sorvetes desde 2011, enquanto pesquisa da Mintel, que considera outros canais de venda, mostra crescimento de 20% no mesmo período.
Na avaliação de especialistas, a tendência é resultado da expansão da classe C, que, com mais dinheiro à disposição, dá preferência a experimentar sorvetes novos fora de casa. Segundo Molinari, qualquer novo shopping center tem uma ou duas sorveterias na praça de alimentação.
O sorvete “gourmet” é sem dúvida uma arma contra a forte sazonalidade dos sorvetes. No Brasil, embora 77% da população brasileira consuma sorvetes, apenas 25% declara fazer isso durante o ano todo. Vale destacar, que nos supermercados, as vendas crescem durante o verão, mas caem bruscamente nas demais estações.