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Alta competitividade é um estágio que se alcança quando os principais critérios competitivos que regem determinado mercado de atuação são alcançados, a ponto de a empresa conquistar e manter os principais clientes e participar, de forma crescente e sustentável, com fatias de mercado adequadas às suas aspirações estratégicas, de posicionamento e de reputação, assim como, obviamente, financeiras e de valor.

Empresas, assim como os organismos vivos em geral, dependem de sua capacidade de adaptação e mudança aos desafios impostos por seu meio ambiente (ecossistema).

A dinâmica em que os mercados evoluem traz consigo mudanças de diferentes ordens e de diferentes origens, sem uma lógica linear ou totalmente previsível de acontecimentos e impactos, dada a diversidade de papéis e influências que cada uma das partes, atores deste ecossistema, sofre no processo de absorção e resposta a estas mudanças, assim como na interação com seus principais stakeholders.

Aspectos políticos, sociais, concorrenciais, regulatórios, econômicos, mercadológicos e tecnológicos, dentre outros, afetam diretamente os parâmetros de competitividade estabelecidos em cada setor ou cadeia de atuação e precisam ser considerados no processo de tomada de decisão e gestão estratégica das organizações.

A análise profunda do macro e micro ambiente de negócios, envolvendo toda a sua cadeia de relacionamento e valor, passando pela identificação e priorização de quais critérios competitivos deverão ser o foco das ações e investimentos para que se alcance estágios diferenciados de competitividade, ou seja vantagem competitiva.

As bases de análise e classificação dos níveis de competitividade são compostas por indicadores tangíveis e intangíveis, que, podem ser traduzidos e tangibilizados em indicadores de desempenho que refletem o estágio atual de uma determinada empresa em relação a um parâmetro de referência, que pode ser o desempenho de um concorrente, o índice de recall de seu público alvo, alguma marca de eficiência operacional etc e/ou metrificadas em critérios e indicadores menos tangíveis e matemáticos e mais cognitivos e sensoriais como imagem, conduta, capacidade de inovação, de planejamento, gestão, organização etc.

Tanto para empresas listadas em bolsa, que sofrem impactos instantâneos em seus valores de mercado derivados de percepções e “achismos”, quanto para empresas de capital fechado que lutam pela conquista de reputação positiva com seus stakeholders podemos dizer que a criação e consolidação de uma imagem de empresa competitiva perante seus agentes de relacionamento e influência, permite a empresa auferir ganhos que irão impactar diretamente seus resultados financeiros e econômicos.

Atualmente as empresas melhor posicionadas em suas indústrias, as mais competitivas em seus mercados, tem sua diferenciação, em grande parte, fundamentada em valores e critérios intangíveis (devidamente suportados pela qualidade de seus produtos e serviços) como prestígio, modelos de negócio inovadores, arquiteturas organizacionais, gestão, conhecimento, relacionamento, networking, marca, políticas de fidelização de clientes etc.

Competitividade não é algo que se conquista e toma posse, e, sim algo que lhe é atribuído em função de uma condição atual ou de uma projeção de desempenho futuro, ambas fortemente influenciadas por critérios de decisão fundamentados em variáveis intangíveis.

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