Portal Canal – Novembro, 2016
O setor bancário lidera, pela terceira vez consecutiva, um ranking de equilíbrio na entrega de valor para diferentes públicos, seguido do setor de seguros, serviços financeiros e consumo – alimentos e bebidas e cosméticos. Os segmentos de engenharia e construção e telecomunicações estão na outra extremidade da lista, com avaliação abaixo do nível qualificado pelo estudo. Empresas estatais, de forma geral, também mostraram performance insatisfatória, salvas justamente pelos bancos públicos.
Os dados fazem parte da IV edição do MVP Brasil 2016: Mais Valor Produzido, que avaliou o desempenho de mil empresas de 22 setores da economia quanto à capacidade de proteger e gerar valor para si e para diferentes públicos, como acionistas, colaboradores, clientes e sociedade. O estudo foi desenvolvido pela consultoria Dom Strategy and Partners, em parceria do Centro de Inteligência Padrão (CIP).
A metodologia foi desenvolvida com base em quatro dimensões: resultados, reputação, competitividade e risco das corporações e 62 direcionadores de valor, entre o quais: eficácia da estratégia corporativa, resultados gerados, crescimento evolutivo, valor das marcas, governança corporativa, sustentabilidade, gestão de talentos, cultura corporativa, inovação, conhecimento corporativo, tecnologia da informação, grau de transformação e uso das tecnologias digitais.
“Trata-se de uma lupa sobre a capacidade de uma empresa em proteger valor, que diz respeito à reputação, e gerar valor, relacionados à performance”, explica Roberto Meir, especialista em relações de consumo e varejo e presidente do Grupo Padrão. “O cruzamento de dados possibilita uma diversidade de recortes, pois a qualidade de uma empresa está exatamente na capacidade de equilibrar essa entrega de valor. Não necessariamente aquela que entrega mais valor para o cliente é a que mais gera valor para os colaboradores, para sociedade ou para os acionistas.”
Segmentos
Com relação aos anos anteriores, a maioria dos segmentos apresentou um desempenho inferior, efeito da crise econômica de longa duração. Mesmo companhias que conseguiram gerar valor acabam não o fazendo em condições de influenciar a performance do segmento e atuação como um todo. Quem lidera o ranking de segmentos com maior performance é o de bancos, seguido do setor de consumo – alimentos e bebidas e cosméticos.
Já os segmentos de Engenharia e Construção e Telecomunicações apresentaram performance abaixo do esperado. Enquanto Seguros, Varejo, Serviços Financeiros, Indústria pesada, TV por assinatura, Automóveis, Internet e Aviação, foram apontados com resultados aquém do esperado com alguns espaços para melhora, segundo o especialista.
Entre todas as empresas avaliadas, o Google foi a que obteve maior valor agregado para os stakeholders como um todo, seguido de Itaú-Unibanco, Bradesco e Whirlpool.
O estudo também aponta as companhias que produzem maior valor produzido para cada público – maior valor para os funcionários (Elektro); para os acionistas de capital aberto (Itaú-Unibanco) e fechado (O Boticário); para a sociedade (Caixa Econômica) e para o país (Ambev). Entre as empresas que mais produzem valor para a cadeia de valor (Copersucar); maior valor para o cliente na relação de empresa para empresa, com ou sem a participação do consumidor (Google) e na relação direta entre empresas e consumidores (Coca-Cola).
Ranking
Os setores que tiveram as três primeiras empresas com médias acima de 7,95 são considerados aqueles com maior maturidade e qualidade de gestão na proteção e geração de valor. Segmentos com médias inferiores a 7,45, entre as três primeiras empresas, apresentam espaço para melhoria estratégica e reorientação da gestão para buscar maior proteção e geração de valor.
A lista setorial:
1. Bancos
2. Seguradores e Operadores de Saúde
3. Serviços financeiros
4. Bens de consumo duráveis
5. Cosméticos – higiene e beleza
6. Alimentos e Bebidas
7. Indústria
8. Agro, Química e Petroquímica
9. Utilidade e Concessões
10. Varejo de Serviços, Turismo & Entretenimento
11. Varejo Super/Hiper e Drogarias
12. Varejo Geral
13. Telecom, TV Assinatura e Contact Center
14. Tecnologia
15. Mídia & Internet
16. Saúde
17. Engenharia e Construção
18. Farmacêutico
19. Atacado e Logística
20. Aviação
21. Educação
22. Automobilístico
50 empresas que mais se destacaram:
1 – Google 8,425
2 – Itaú-Unibanco 8,312
3 – Bradesco 8,284
4 – Whirlpool 8,272
5 – Caixa Econômica 8,263
6 – Coca-Cola 8,255
7 – O Boticário 8,241
8 – Johnson & Johnson 8,238
9 – Ambev 8,229
10 – Banco do Brasil 8,218
11 – Nestlé 8,217
12 – Bunge 8,214
13 – Elektro 8,212
14 – EDP 8,197
15 – Nespresso 8,168
16 – Santander 8,163
17 – Samsung 8,148
18 – BASF 8,142
19 – SBT 8,139
20 – P&G 8,114
21 – 3M 8,088
22 – Pfizer 8,078
23 – Kroton 8,077
24 – AES Eletropaulo 8,071
25 – Ipiranga 8,068
26 – Localiza 8,062
27 – Fleury 8,049
28 – Ser Educacional 8,043
29 – Roche 8,038
30 – Unilever 8,027
31 – Carrefour 8,026
32 – Hospital Albert Eintein 8,022
33 – Weg 8,018
34 – Novartis 8,017
35 – BRF 8,016
36 – RaiaDrogasil 8,015
37 – Avianca 8,014
38 – Microsoft 8,013
39 – Cosan 8,012
40 – LG 8,011
41 – Embraer 8,006
42 – TV Globo 8,004
43 – Hypermarcas 7,997
44 – DOW 7,976
45 – Hospital Sírio Libanês 7,973
46 – Renner 7,943
47 – Walmart 7,937
48 – Electrolux 7,934
49 – Bradesco Seguros 7,931
50 – Raizen 7,928