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Dependendo do segmento da economia em que uma empresa esteja inserida há maior ou menor incidência do valor dos intangíveis em seu valor de mercado. Segundo estudos da DOM Strategy Partners, empresas de Educação e Treinamento possuem 59% de seu valor nos intangíveis, enquanto as empresas do setor de Tecnologia da Informação possuem 53%, Internet, 68% e Moda, 77%.

Representação Percentual da Representatividade do Valor dos Intangíveis no Valor de Mercado Total (Market Cap) das Empresas, por Segmento da Economia:
(Ano base 2007)
• Petroquímica – 25%
• Atacado e Distribuição – 26%
• Siderurgia, Metalurgia, Mineração – 27%
• Energia – 30%
• Aviação – 31%
• Papel & Celulose – 31%
• Seguros – 32%
• Química – 33%
• Têxtil – 34%
• Saúde – 36%
• Automobilística – 38%
• Varejo – 39%
• Telecom – 41%
• Financeira – 42%
• Higiene e Beleza – 43%
• Eletroeletrônicos – 45%
• Bens de Consumo Não Duráveis – 47%
• Farmacêutica – 49%
• Tecnologia da Informação – 53%
• Educação e Treinamento – 59%
• Consultoria e Serviços Profissionais – 61%
• Internet – 68%
• 3o. Setor – 71%
• Moda – 77%

O resultado é um descolamento evidente entre o valor contábil e o de mercado das empresas. Nos últimos dez anos, a divergência entre estes dois “valores”, no grupo das empresas do S&P500 (índice que concentra as 500 principais empresas americanas listadas na Bolsa de NY), saiu de 3 no início da década de 90, para 6 em 1999 e 2000, chegando a 5 após 2001. Ou seja, o valor de mercado equivale a cinco vezes o contábil. A explicação? Inovação e capital humano, por exemplo, têm maior relação com o valor do negócio do que propriamente os ativos físicos em si. E isto deriva da crescente importância que os investidores passaram a atribuir a intangíveis como reputação, marcas, governança, liderança e modelo de negócios.

Além do setor de atuação da empresa, elementos como seu core-business, sua estratégia atual e mesmo a conjuntura em que está inserida no momento (ex. se está em processo de fusão) ditam os critérios de priorização de investimentos nos intangíveis mais relevantes para sua performance superior e, portanto, mais responsáveis por aumentar seu valor corporativo neste período.

No mercado nacional, estudos da DOM Strategy Partners para o prêmio PIB (Prêmio Intangíveis Brasil), realizado em em 2007, apontaram que o sub-grupo das empresas listadas na Bovespa que mais bem investem em ativos intangíveis, como marca, governança, sustentabilidade, conhecimento, tecnologia & internet, talentos, clientes & consumidores e inovação geram, de acordo com o IPID – Índice de Performance em Intangíveis DOM, em alguns momentos, até 25% a mais de performance em valor de ações do que a média da empresas do IBovespa, para o período anual de Outubro 2006/Outubro 2007. Ou seja, investir sistematicamente e gerenciar profissionalmente os intangíveis são práticas que entregam maior valor aos acionistas. Isso é o que os melhores executivos têm feito para seus acionistas: gerar melhor EVA (Economic Value Added) que os concorrentes.

Em abril de 2004, a Brand Finance, empresa especializada em categorizar marcas por valor, divulgou pesquisa mostrando a presença dos intangíveis no valor de marca das grandes empresas brasileiras. Na AmBev, 80% do capital empresa é “não-explicado”, como diz a pesquisa. Ou seja, intangível. Não está nos balanços. Na Vale, uma empresa aparentemente cheia de tangíveis, a relação também surpreende. Apenas 42% do valor está em propriedades, equipamentos, veículos, etc.

Conclusão: as informações mais importantes a respeito das empresas não estão nos atuais balanços, pelo menos, não completamente ainda.

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