Administradores, Novembro, 2018
Quando falamos de futuro, muitos temem a substituição de mão de obra humana por máquinas. Com todas essas mudanças, o RH precisa saber exatamente qual posto ocupar e quais atividades devem ficar em suas mãos.
Com todas essas mudanças, o RH precisa saber exatamente qual posto ocupar e quais atividades devem ficar em suas mãos. A pesquisa “Novo Mundo, Novo RH”, realizada pela Dom Strategy Partners com colaboração da ProPay S.A, mostra que para 72% dos executivos de RH, o dilema está em não saber ao certo o que e como entregar ou, até mesmo, como se posicionar estrategicamente para um RH mais inteligente. Logo as organizações inicialmente devem se preocupar em redesenhar as funções e metas de toda as áreas.
Quando falamos de futuro, muitos temem a substituição de mão de obra humana por máquinas altamente qualificada. De fato, muitas atividades serão automatizadas, não há como escapar, pois, a tecnologia já entrega tarefas com alto grau de assertividade, porém, muitas profissões e setores do mercado tendem a ganhar uma nova roupagem. Uma previsão feita pelo Fórum Econômico Mundial, no relatório Futuro do Trabalho, mostra que 65% das crianças que estão começando o primário devem trabalhar em empregos que ainda não existem.
Até o ano de 2020, em 15 economias avaliadas, o número de desemprego pode atingir 7,1 milhões devido a avanços tecnológicos e a fatores socioeconômicos. E engana-se quem pensa que apenas o trabalho braçal está ameaçado. Dois terços estão relacionados a funções administrativas e de escritório – de acordo com esse mesmo estudo.
Reinventar o profissional e o próprio RH
É preciso um gerenciamento de curto prazo para conter tamanho impacto. As empresas precisam estar conectadas com esse futuro que já está batendo em nossas portas. Mas se tratando da área e do profissional de RH, que habilidades e competências serão exigidas daqui para frente? Não apenas áreas ameaçadas precisam se reinventar, nesse contexto digital que está alterando todo o modo de agir e pensar de uma sociedade corporativa, é necessário a adaptação e reformulação de vários cargos e atividades.
Habilidades como inovação, o famoso “pensar fora da caixa” e a inteligência social são características difíceis de se automatizar. Quanto mais o profissional dispor de competências que seguem esta linha de percepções sensoriais será maior as chances de não ter o seu cargo substituído por computadores nas próximas décadas.
Outro ponto que será um diferencial para um profissional de RH é a diversidade de pensamento, isso será essencial para produção de algo que seja singular e insubstituível. O conceito de estratégia significa justamente fazer de uma forma diferente do seu concorrente. A criatividade só surge quando confrontamos as nossas ideias com pessoas que pensam diferente, por isso a diversidade é uma arma estratégica.
Além disso, ideias não tão comuns, proporcionam novos mindsets nos permitindo cultivar maturidade emocional e de intelecto e ainda facilitar a resolução e o contorno de qualquer tipo de dificuldade. Fora isso, a execução de projetos considerados complexos, passa a ser feita de maneira mais natural e automática, já que sua mente está treinada a lidar com conflitos seja ele de qualquer natureza.
Com essa avalanche de transformações nas relações de trabalho e na maneira que se constrói as profissões, o mercado está sempre em constante mudança. Não apenas os profissionais de Recursos Humanos precisam de contínuas reciclagens, a área de RH para ser perpetuada precisa sempre assumir o papel de protagonista em processos estratégicos. Para isto, é necessário estar sempre atento as mudanças e revoluções que o mercado sofre, seja em questões tecnológicas ou de capital humano.