Portal Meta Análise – Janeiro, 2014
Consultoria mostra quais são os mecanismos mais confiáveis e utilizados por 181 executivos das 500 maiores empresas do País.
Avaliar quais são efetivamente os instrumentos de gestão usados pelo CEO moderno foi o viés da DOM Strategy Partners, consultoria focada em maximizar a geração e proteção de valor tangível e intangível, ao entrevistar 181 CEOs e presidentes das 500 maiores empresas nacionais para criar o estudo nomeado “Afinal, em que confiam os CEOs modernos?”.
Apontando aos entrevistados dez tópicos que foram considerados como os principais desafios do CEO moderno, a consultoria questionou os executivos sobre os mecanismos que eles mais confiam e utilizam para alcançar os resultados desses principais pontos destacados por eles.
Quando o assunto é “priorizar o acionista acima de tudo”, primeiro item da lista, 84% dos entrevistados indicam as melhores práticas de relações com investidores como o instrumento mais importante dentro dessa metodologia. Governança corporativa aparece como a segunda tática mais lembrada, com 82%, e conselhos presentes e atuantes ocupa o terceiro lugar da pesquisa, com 68%.
No segundo tópico, definido como “priorizar o cliente tanto quanto o acionista”, as pesquisas de mercado foram consideradas como as ferramentas com maior relevância, sendo lembradas por 66% dos executivos. Logo após vem os programas de fidelidade, com 57%, e CRM, com 34%.
O item número três da lista de prioridades, que define “tratar o colaborador como se fosse um cliente”, teve como instrumento mais apontado para se alcançar essa meta a capacitação e o desenvolvimento, eleito por 72% dos executivos, seguido do clima organizacional, com 70%, e partnership, com 51%.
Para alcançar o quarto item, “seja guardião da Missão, Valores e Marcas Corporativas”, que envolve proteção à marca, o melhor meio descrito pelos CEOs e presidentes foi a cultura corporativa, com 71%. Branding e liderança pelo exemplo vêm na sequência, com 62% e 60%, respectivamente.
Já o desafio número cinco, “compreenda e monitore obsessivamente seu entorno competitivo”, a Inteligência Competitiva foi o item mais lembrado, entrando no estudo com 63% da preferência dos ouvintes. Atrás vem networking corporativo e pessoal, com 59%, e benchmarking, com 51%.
No item seis da lista, “gere resultados e valor”, 83% dos executivos entrevistados enxergam o planejamento estratégico como um instrumento essencial para ter sucesso neste mandamento. O valor econômico agregado (EVA, do inglês Economic Value Added) e o EVM (Enterprise Value Management) aparecem na pesquisa com 77% e 59%, respectivamente.
O tema “maximizar a eficácia em custos e despesas” aparece em sétimo lugar. Para alcançar esta meta, programas sistemáticos de Cost Reduction é unânime para 86%, enquanto os sistemas tecnológicos (como os ERPs, por exemplo) e o Workflow são considerados por 77%. Já a Disciplina Orçamentária é apontada por 59%.
O oitavo indicativo de desafio, “potencialize a inovação”, é alcançado, segundo os executivos, através de programas de inovação e tecnologias digitais, ambos destacados por 61%. Já as redes colaborativas e novas mídias figuram como ferramentas menos confiáveis, atingindo apenas 42% dos entrevistados.
Em penúltimo lugar na lista, “opere de forma sustentável”, 73% dos entrevistados focam no Compliance, enquanto responsabilidade social e sustentabilidade triple bottom line são apontados por 61% e 53%, respectivamente.
O décimo item citado, “torne-se irrelevante criando processos excelentes”, é alcançado, segundo os CEOs e presidentes, através da eficiência em gestão e da integração com supply-chain, ambos lembrados por 61%, enquanto 42% consideram que os programas de qualidade total são os mais indicados para este desafio.
“Concluímos que o novo líder está condicionado a uma missão de liderança apoiada por ferramentas de gestão, sejam elas tangíveis ou intangíveis, que tragam valores cada vez mais alinhados à cultura corporativa da empresa e, sobretudo, do mercado em geral”, explica Daniel Domeneghetti, CEO da Dom Strategy Partners.