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CIO – Dezembro, 2013

Estudo da DOM Strategy Partners mostra que, na opinião da maioria dos CEOs, os CIOs estão despreparados para exercerem o papel de líder estratégico

Uma poderosa convergência de forças — social, mobilidade, informação e nuvem –, está alterando rapidamente o modo como os negócios são realizados. Os CIOs e os Executivos Seniores de TI estão no centro dessa transformação. Mas são percebidos assim por seus pares e chefes diretos? Como os CEOs de 180 das 500 principais companhias do Brasil avaliam seus CIOs?

Pesquisa realizada pela consultoria DOM Strategy Partners, entre junho e agosto, com o objetivo de avaliar quais são efetivamente os instrumentos de gestão usados pelos CEOs modernos, comprova que a maioria deles (83% dos 180 ouvidos) já considera a TI como área estratégica para o negócio, mas apenas 42% tratam o CIO como executivo capaz de apoiá-los diretamente no processo de mudanças estratégicas. Em 27% das empresas, apenas, geralmente onde a TI é parte do core business e garante a operação, os CIOs se reportam diretamente aos CEOs. O que denota um certo distanciamento estratégico do líder de TI das esferas mais altas de tomada de decisão de negócios.

“No geral, a imagem que o CEO faz do CIO da sua organização é a de um cara em evolução, que está procurando sair do back office, mas que ainda é afogado pelo dia a dia”, comenta Daniel Domeneghetti, CEO da Dom Strategy Partners.  Apesar disso, o consenso do peso estratégico da área de TI vem crescendo e se cristalizando…

De acordo com os resultados da pesquisa, os CEOs vêm as evoluções tecnológicas como fundamentais para a competitividade. Ser capaz de identificar, compreender e escolher as melhores tecnologias e trazê-las para a companhia, a partir das várias tendências e inovações que se apresentam no mercado, é uma dos grandes desafios dos CEOs modernos.

Mobilidade, convergência e colaboração são pontos que angustiam os CEOs ouvidos. “Mas eles não sabem definir claramente assim. ERP e CRM, por exemplo, são termos bem mais maduros, que os CEOs citam com propriedade. Mas redes sociais, Big Data, TI como serviço e Cloud são modismos que eles citam sem muita clareza do real significado para os negócios”, explica Domeneghetti.

“Há também uma tendência cada vez maior de TI e Digital se integrarem… Não há mais sentido na separação que historicamente existia, pela simples razão que quase todas as novas tecnologias, plataformas e arquiteturas são digitais”, completa o executivo.

Multicanalidade e BPM são outras frentes importantes, segundo Domeneghetti. Estão relacionadas diretamente com 2 dos 10 principais desafios do CEO moderno.  Para priorizar o cliente, tanto quanto o acionista, 66% dos executivos ouvidos pela DOM apontaram as pesquisas de mercado como a principal ferramenta para nortear a tomada de decisão. Logo após aparecem os programas de fidelidade, com 57%, e o CRM, com 34%. Já para “potencializar a inovação”, a adoção de tecnologias digitais é citada por 61% deles.  Mas as redes colaborativas e novas mídias figuram como ferramentas confiáveis para apenas 42% dos entrevistados.

“Há uma corrente de análise que defende que o CIO deverá se concentrar cada vez mais no I da TI (informação, inovação, interatividade), eventualmente se fundindo até com o COO, sendo mais business> A Tecnologia deverá ficar a cargo de um CTO ou gestor de infra e facilities. A pesquisa aponta nessa direção”, afirma Domeneghetti.

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