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Organizações têm sido confrontadas com a necessidade de gerir expectativas de uma sociedade consciente do impacto do desenvolvimento econômico sobre o ecossistema. 

Sendo assim, investimentos e iniciativas em sustentabilidade e responsabilidade social devem consumir bilhões de dólares em todo o mundo nos próximos anos. Isso será direcionado, dentre outros fatores, ao aumento da eficiência energética, reflorestamento, reciclagem e, no caso brasileiro, também em investimentos em cultura.

A comunidade financeira e os gestores das organizações, naturalmente, têm expectativas de receberem medições detalhadas e acuradas sobre o retorno e a desempenho desses investimentos. O mesmo se dá com consumidores e com a comunidade, que buscam ser capazes de avaliar e comparar a eficiência das iniciativas da chamada “postura sustentável” das organizações.

No entanto, uma combinação de oportunismo, urgência e exuberância ao redor do tema sustentabilidade tem levado muitas organizações a não medirem de maneira eficiente esses investimentos e iniciativas. Em razão disso, tem surgido um conjunto de ferramentas para avaliar a sustentabilidade – desde aquelas para medição da utilização de recursos, até as direcionadas para avaliar o conjunto de atividades sustentáveis ou socialmente responsáveis das empresas.

Seu objetivo principal é permitir aos diversos stakeholders (Investidores, Gestores, Comunidade, Governo, Consumidores…) das empresas se informarem sobre o impacto de suas atividades sócio-econômicas sobre o ecossistema, assim como das medidas de mitigação empregadas.

Nos quadros abaixo apresentamos um breve relato de algumas das principais ferramentas em uso no Brasil. Não cabe aqui comparar a aplicabilidade de cada ferramenta, pois cada uma tem objetivos, profundidade e públicos de interesse distintos.

Qual? Balanço Social – IBASE
O que é?
  • É um demonstrativo que reúne um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos stakeholders da empresa.
Objetivo?
  • Tornar pública a responsabilidade social empresarial, construindo maiores vínculos entre a empresa, a sociedade e o meio-ambiente.
  • Em outras palavras, demonstrar quantitativamente e qualitativamente o papel desempenhado pelas empresas no plano social.
Beneficiários
  • O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos colaboradores fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve e estimula a participação dos colaboradores na escolha das ações e projetos sociais.
  • Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, sendo um indicador da forma como a empresa é administrada.
  • Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca.
Link http://www.balancosocial.org.br/

 

Qual? Escala Akatu
O que é?
  • A Escala Akatu é um conjunto de 60 Referências que, uma vez respondidas, permitem às empresas serem categorizadas em quatro grupos homogêneos em sua prática de responsabilidade social.
Objetivo?
  • Auxiliar o consumidor na avaliação e comparação das práticas de responsabilidade social de diversas empresas.
Beneficiários
  • A Escala Akatu é um instrumento para auxiliar o público na avaliação de empresas conforme seu grau de comprometimento com a prática da Responsabilidade Social Empresarial
Link http://www.akatu.org.br/

 

Qual? Indicadores ETHOS
O que é?
  • Os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial são uma ferramenta de aprendizado e avaliação da gestão no que se refere à incorporação de práticas de responsabilidade social empresarial ao planejamento estratégico e ao monitoramento e desempenho geral da empresa.
Objetivo?
  • A estrutura dos Indicadores permite que a empresa planeje o modo de alcançar um grau mais elevado de responsabilidade social. Sua estrutura fornece parâmetros para os passos subseqüentes e, juntamente com os indicadores binários e quantitativos, aponta diretrizes para o estabelecimento de metas de aprimoramento dentro do universo de cada tema.
Beneficiários
  • Trata-se de um instrumento de auto-avaliação e aprendizagem de uso essencialmente interno. A empresa interessada em avaliar suas práticas de responsabilidade social e se comparar com outras empresas poderá responder os Indicadores Ethos e verificar quais os pontos fortes da gestão e as oportunidades de melhoria
Link

 

Qual? GRI (Sustainability Reporting Framework)
O que é?
  • Padrão internacional para divulgação de informações econômicas, sociais e ambientais de uma empresa. Foi desenvolvido por uma organização independente com sede na Holanda (também chamada GRI). Os primeiros relatórios GRI foram publicados em 2000.
  • O Framework define os princípios e indicadores que as organizações podem usar para medir e comunicar o seu desempenho econômico, ambiental e social.

Razões para empreender medições de sustentabilidade:

  • As oportunidades para alocação de recursos entre as empresas são diferentes, mas medir a sustentabilidade e monitorar as melhorias são os primeiros passos para garantir eficiência nos “investimentos sustentáveis”.
  • A obrigatoriedade da publicação de relatórios de sustentabilidade já está sendo considerada no Brasil (e já é uma realidade no Japão, Noruega e Suécia). Portanto, para uma organização estar em conformidade com a regulação, ela deve ser capaz de medir com precisão suas iniciativas.
  • Organizações podem se beneficiar do envolvimento, influência e colaboração de diversos stakeholders ligados à causa sustentável de maneira a melhorar e ampliar suas iniciativas.
  • O mesmo se dá em relação ao consumo de produtos \ serviços. Facilitar a comparação dos “atributos sustentáveis” da organização é uma maneira de diferenciação da concorrência.

O caminho é claro é não tem volta. As organizações precisarão medir seus esforços, impactos e resultados em sustentabilidade. Também precisarão referenciar a autonomia de cada pessoa na organização quando do processo de tomada de decisões, alinhar a organização com benchmarks e metas de desempenho e envolver as partes interessadas para que o todo funcione da melhor forma possível, para todos os envolvidos.

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