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Ao longo das últimas décadas, a palavra inovação se tornou sinônimo de tecnologia, dado o ritmo vertiginoso de evoluções e disrupturas que as chamadas TICs trouxeram para as empresas de todo e qualquer setor, seja diretamente em seu core business ou de forma periférica em suas atividades de suporte.

Porém, a inovação não é simplesmente tecnológica. De forma genérica, a vertente tecnológica da inovação é resultado de uma mudança significativa no mind-set e na cultura corporativa, ocasionada pela compreensão e assimilação de conceitos de negócio mais avançados. Em linhas gerais, a inovação tangível (tecnologia, prática, processo, etc) deriva da inovação intangível (conceito, valor, modelo, premissas, diretrizes, etc).

Não é a toa que os processos de Recursos Humanos, relacionados ao recrutamento, capacitação e reciclagem de executivos acabam se tornando estratégicos para a inovação corporativa, pois permitem a oxigenação dos valores corporativos e validação/substituição/evolução dos mesmos. Quanto mais aberta a empresa for ao seu ambiente de negócios – e mais trocas realizar com os agentes que o compõem – maior será o seu coeficiente potencial de inovação.

Em pesquisa da consultoria McKinsey “How companies approach innovation: A McKinsey Global Survey”, a inovação e o surgimento de novas idéias acontece em sua maioria de forma exógena, a partir da interação com pares, parceiros e fornecedores (75%) ou com clientes e consumidores (67%).

Para exemplificar este conceito, a adoção de tecnologias de gestão do relacionamento com clientes (CRM) como softwares de gestão de informações e inteligência, infra-estrutura associada e processos de suporte a coleta de informação e disseminação do conhecimento do cliente em cada momento da verdade e ponto de contato nascem a partir da decisão da evolução de um determinado modelo de negócio para um novo patamar competitivo, no caso um patamar que contemple a inserção direta do cliente na dinâmica de negócio e cultura da empresa.

A eventual inovação e incremento de uma solução de CRM, seja pela habilitação de devices móveis para acesso aos relatórios do sistema por parte de consultores/vendedores de campo, seja pela inserção de práticas analíticas como redes neurais para criação de segmentos e clusters de clientes mais precisos e de maior valor, deriva da saturação da competitividade (apontada pelos mais diversos indicadores de resultados, mas principalmente pelos financeiros) de uma empresa.

Competitividade, diferenciação e inovação são palavras irmãs e que caminham juntas no processo de sobrevivência de uma empresa. Habilitar o comportamento inovador de forma sistêmica, através da dissolução das fronteiras corporativas e abertura ao diálogo de novos conceitos competitivos é condição crucial de competitividade no médio-longo prazo para a grande maioria das empresas em seus mercados cada vez mais comoditizados. Mas antes de pensar em tecnologia, pense estrategicamente para onde a cultura e o mind-set corporativo, de seu setor e de seus clientes devem rumar.

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