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Tornou-se senso comum dizer que a evolução humana dos últimos 50 anos dificilmente se compara com outros momentos históricos em termos da quantidade e qualidade do conhecimento e das inovações desenvolvidas, sejam elas nas relações humanas ou nos meios, ambientes e experiências que a suportam, especialmente quando falamos de tecnologias.

Tanta evolução e crescimento curiosamente contrasta com a utilização de ferramentas de gestão de desempenho, performance, resultados e valor de recursos humanos dos mesmos 50 anos atrás. Ou seja, o ser humano, em seu papel profissional, acompanhou a evolução dos modelos de negócio e modelos culturais; porém tal evolução aconteceu de forma paralela e independente.

Mas, curiosamente, a aderência entre os valores pessoais dos funcionários de uma empresa e sua cultura corporativa (visão, missão, valores, etc) é fator crítico para o sucesso atual das corporações. Quanto maior este alinhamento, maior a capacidade da empresa de gerar engajamento, energia e motivação de seus funcionários em atingir um determinado objetivo, por mais ambicioso ou “impossível” que este possa parecer em um primeiro momento.

O ponto ótimo dessa relação se dá tanto pelo tipo de modelo cultural construído – em quais premissas este se baseia -, como compreende a natureza humana e suas aspirações e comportamentos, quão alinhada com os aspectos relevantes da identidade de cada indivíduo, de sua sociedade e país, dentre outros. A integração e correlação do modelo cultural com o modelo de negócio da empresa é fator determinante.

Porém, não basta possuir um amplo arcabouço conceitual, teórico, filosófico e antropológico se a matéria viva que faz o modelo cultural existir, ou seja, os funcionários da empresa, não tiverem o perfil (identidade), maturidade e competências necessárias.

Um elemento não vive sem o outro: não há empresa apenas com modelo cultural aperfeiçoado e funcionários não identificados, que o encaram como um sonho ou utopia descolada da realidade – ou pior, como discurso vazio e até hipócrita – e nem funcionários competentes e profissionais sem vínculos culturais e crenças que os uma e oriente.

Assim como o Capital Humano é a base para todos os ativos ditos intangíveis de uma determinada companhia, o perfeito encaixe e sincronicidade entre Talentos e Modelo de Gestão de Pessoas é a base para a construção de todo e qualquer valor de uma empresa. Tal valor seja tangível ou intangível, em última instância, é o objetivo maior de qualquer organização com fins lucrativos.

Conforme as empresas evoluem na compreensão de seu papel e impacto no entorno de negócios, a Sustentabilidade – como o conceito que representa e traduz a compreensão sistêmica (da empresa e conseqüentemente do funcionário) sobre si mesmo como instituição/indivíduo, em relação aos seus diversos papéis e em seus relacionamentos, sejam eles clientes, fornecedores, acionistas ou demais funcionários – assume claramente o papel fundamental de potencializar este valor corporativo e de seus talentos.

Um modelo de Gestão do Valor dos Talentos, que considere variáveis como novos modelos de trabalho, alinhamento de valores empresa-funcionário, transparência e comunicação eficaz, mensuração de performance, associação de ganhos empresa-funcionário, multiplicidade de papéis, maximização do uso do conhecimento, desenvolvimento de redes colaborativas, dentre outros, não é mais um ideal ou tendência a ser avaliada. Ao contrário, esses itens devem, cada qual a seu modelo, profundidade e formato, de acordo com a cultura, mercado e estratégia corporativa, ser tratado como vetor fundamental para a competitividade da empresa e sua evolução como organização social e produtiva.

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