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No varejo, Junho, 2017

Nos últimos anos, segmentos nasceram e morreram com a tecnologia. Empresas mostram que atualização e diversificação pode significar a sobrevivência dos negócios

Não faltam exemplos de empresas que sumiram nos últimos anos por conta dos avanços tecnológicos. Poucos imaginavam que portentos do tamanho de Kodak, Blockbuster e, mais recentemente, Blackberry seriam praticamente extintas do mapa em pouquíssimo tempo. Por isso, a importância da empresa se reciclar e diversificar antes de ser tarde demais é fundamental. “O digital não pode ser considerado mais uma onda, mas um tsunami eterno”, diz Daniel Domeneghetti, presidente da Domeneghetti Partners Business Solutions.

Esse tema foi profundamente debatido nesta quarta (28) durante a BR Week 2017. Domeneghetti mediou uma conversa entre Ricardo Dutra, CEO do UOL, Luis Cavalcanti, CEO da EKKO, Robiedo Castro, diretor de tecnologia e inovação da DPaschoal e Marcos Beczkowski, diretor executivo da Manhattan Associates. Um case que não poderia deixar de ser citado foi exatamento do UOL.

Iniciado como um portal de notícias do Grupo Folha, o UOL se transformou. Nas palavras do próprio presidente, atualmente, a empresa se tornou uma empresa de tecnologia. “Mas a credibilidade que temos por conta do conteúdo continua no nosso DNA e ajuda nos negócios”, diz Dutra.

Em meio à uma crise nas telecomunicações, o UOL consegue passar bem pelas turbulências. Afinal, braços dentro da empresa não faltam. UOL Host, de hospedagem de sites, UOLDIVEO, focado em tecnologia da informação e computação em nuvem, e a máquina da PagSeguro, a Moderninha, são apenas alguns dos exemplos que vêm trazendo resultados de destaque para a companhia. “Atualmente, 70% dos nossos funcionários são de tecnologia.”

Outra empresa que vem apostando alto na digitalização dos seus negócios é a DPaschoal. A maior rede de borracharias do Brasil, com mais de 200 unidades e 500 pontos credenciados, precisou se reinventar. Apesar da necessidade de reparos nos automóveis ser ainda muito comum, a companhia não poderia esperar de braços cruzados pelos seus clientes.

A saída foi apostar cada vez mais em tecnologia. A DPaschoal criou diversos testes e aparelhos para ajudar os seus clientes a controlarem melhor as revisões de seus veículos. Um exemplo é a patente de uma máquina que consegue identificar o desgaste nos amortecedores por meio de ondas sonoras.

“Com esse aparelho, identificamos que a vida útil do amortecedor era maior do que a imaginada”, afirma Castro.

Multicanalidade não significa Omni-Channel

Outro fator muito discutido foi a multicanalidade. Trabalhar em diferentes pontos do varejo, no entanto, não quer dizer que a sua empresa consegue entregar boas experiências em todos eles. Pode ser exatamente o oposto.

“Caso um empresário tenha uma loja física e um site de vendas, isso já o torna multicanal, mas não significa que ele tem tudo integrado”, diz Beczkowvski, da Manhattan Associates. “A verdadeira ‘omnicanalidade’ ocorre quando você consegue tratar o cliente como um só em todos os ambientes.”

Novos modelos de consumo

Além de vender mais e pensar em novos produtos, alguns empreendores também apostam em revolucionar a forma como pagamos. A Ekko, lançada neste ano, tenta fazer exatamente isso. Por meio de um aplicativo, o consumidor ganha créditos em uma moeda virtual para custear de 5% a 70% de um produtop de parceiro.

Para o idealizador do projeto, a startup traz benefícios para o consumidor e fidelização ao lojista parceiro, além de ampliar os canais em que essa empresa atua. “O empresário ganha dinheiro e vendos não investindo nada”, diz Cavalcanti.

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