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Estratégia Um Exercício Inteligente e Contínuo

Estratégia, dentre as muitas definições existentes, significa, de forma simplificada, articular/arranjar os recursos disponíveis para atingir um determinado fim; ou seja, é o exercício de como os recursos disponíveis serão otimamente alocados para se atingir determinado objetivo.

Captar a realidade, identificar tendências, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro devem ser exercícios contínuos em todos os níveis organizacionais. Estratégia tem a ver com decidir melhor, o que independe de níveis hierárquicos ou classificações de papéis ou funções em uma organização.

Fazer o que outros fazem, mas com maior eficácia operacional, não é propriamente uma estratégia vencedora. Uma estratégia vencedora deve possuir inteligência e planejamento; deve prover melhores resultados que seus competidores.

O planejamento estratégico que, via de regra, é um exercício teórico de projeção de uma realidade futura e, portanto, referencial para toda a organização, torna-se o principal diferencial competitivo quando compreendido, disseminado e incorporado por todos os departamentos, áreas e colaboradores da empresa.

Nassim Taleb, em seu ótimo livro “Iludidos pelo Acaso”, nos ajuda a entender um pouco melhor qual o real e factível papel do estrategista: “Os deuses percebem coisas do futuro, as pessoas comuns no presente e os sábios percebem as coisas prestes a acontecer.”

Projetar a evolução do negócio, tradicionalmente, tem como base a linearidade de ações e reações analisadas no passado e projetadas no futuro; porém, o conforto de cenários lineares transforma-se no pesadelo do presente e futuro caótico quando eventos imponderáveis bagunçam a lógica estabelecida.

O monitoramento do ambiente competitivo, assim como o fomento à discussão, disseminação de conhecimento, treinamento e investimento no capital intelectual, dentre outros, são fatores imprescindíveis no mundo cada vez mais dinâmico e acelerado em que vivemos.

A evolução da tecnologia da informação e dos meios de comunicação, ao mesmo tempo que proveram às empresas um arsenal de possibilidades para a captura de dados e informações de seus diversos stakeholders, também provocaram mudanças drásticas, principalmente, nos ambientes e formas de relacionamento com estes mesmos stakeholders, sem falar nas questões estruturais, operacionais e logísticas, por exemplo.

O que vemos é que o aumento exponencial da quantidade de dados e informações disponíveis não repercute, na mesma proporção, em variáveis cruciais para a competitividade de empresas como a qualidade de relacionamento para com seu entorno e a capacidade para a tomada de decisões mais assertivas.

O exercício estratégico ainda é algo que depende, em muito, da intelectualidade e da sensibilidade/experiência humana, como também da capacidade de estruturar, configurar e focar o arsenal tecnológico disponível para que a informação correta e aplicável chegue à pessoa certa no momento ideal. Decidir entre as diversas alternativas existentes nem sempre traz uma lógica pautada na racionalidade.

Este contexto exige reações urgentes, com impacto em custos, novos investimentos, desinvestimentos, escolhas a serem feitas, e, ainda assim identificar oportunidades geradas por mudanças e/ou movimentos significativos nos mercados e players.

O grande desafio de qualquer empresa é minimizar os efeitos das variáveis aleatórias, das causalidades que podem afetar o negócio. As empresas mais aptas sobrevivem e triunfam; não necessariamente as melhores ou mais evoluídas. Uma empresa mais apta é aquela preparada para vir a ser ou a fazer algo que hoje não é ou não o faz.

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