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Consumidor 2.0 em Redes: Ativo Estratégico para Inovação

Vivemos na Economia das Redes, na era do interligado, do interconectado, das trocas incessantes. A todo momento trocamos informações, recursos, impressões, sensações, experiências, idéias, opiniões… Influenciamos e somos influenciados por nossos semelhantes. Dessa forma, o Fator Relacionamento assume cada vez mais importância na Economia e no equilíbrio das forças mercadológicas, uma vez que temos muito mais informação, acesso e, portanto, capacidade de formar opinião e ler realidades.

A cada momento brotam comunidades, micro-sociedades, grupos e tribos auto-organizadas por interesses, gostos, hábitos, regiões, comportamento, pontos de vista. É o Homem procurando seu similar, seu igual em qualquer canto do mundo. Religiões, valores, crenças, culturas, doutrinas e preferências são aglutinadores poderosos. O mundo se redefine a todo instante e se reorganiza em novos grupos, transnacionais, trans-regionais, meta-étnicos.

 

Onde vamos parar é uma resposta inexata – aliás não há resposta para essa pergunta. O Homem é o único animal capaz de planejar e alterar seu destino. O todo social é fruto da construção do um, somado à construção do outro e do outro e do outro… tudo isso elevado à enésima potência, com diversos vetores, a todo instante. Justamente por isso as redes (não só locais, mas virtuais),  frutos dessas interações infinitas, são o novo tecido que dão o tom em nossa sociedade, rediscutindo valores, reinterpretando fatos, reavaliando propostas, recriando mercados.

A Internet é o fermento de todo esse processo de natureza eminentemente humana. É do Homem querer trocar, comerciar, aprender, imitar, influenciar. E é exponencial esse processo bio-sociológico do Homem na Era Digital das micro-redes que formam a Grande Rede.

A Grande Rede é o novo Mercado e ele está em equilíbrio dinâmico. A cada novo patamar surgem variáveis novas, novos comportamentos e assim velhos paradigmas ficam para trás. Esse novo Mercado não é estático, não é perene, não tem dono; somente atores. O equilíbrio das forças é derivado do poder de cada ator e do poder dos grupos (permanentes ou temporários) formados por esses atores – que representam interesses diversos, modus vivendi e modus operandi diversos. Por isso é tão dinâmico e tão mais potencialmente democrático.

E em contextos cada vez mais dinâmicos como o da economia em redes e da atuação do Consumidor 2.0, as empresas devem concentrar seus investimentos e esforços em favor da inovação tanto incremental e como de ruptura. A primeira é fruto da atividade paciente e exaustiva de tentar melhorar aquilo que já existe. É disso que se trata quando, para queimar etapas e posicionar-se adequadamente num determinado mercado, uma empresa descarta a possibilidade de “reinventar a roda” e cria variações de produtos existentes.

Já a inovação de ruptura é uma maneira de criar oportunidades que se manifestam de duas formas distintas. A primeira é a inovação de baixo mercado onde uma empresa menor adota um modelo de negócio econômico para servir clientes menos sofisticados que já são atendidos pela líder de mercado. Com produtos mais simples e baratos, a pequena empresa começa a ampliar seus negócios, chegando a concorrer com a líder, mas com menores custos.

A outra forma de inovação de ruptura se dá quando uma empresa começa a investir em produtos de baixo custo e fáceis de usar em um mercado que até então não consumia – a inovação de novo mercado. Isso abre um mercado completamente novo para a empresa. O grande dilema é como se manter na liderança e manter o processo de inovação, uma vez que outras empresas menores repetirão o feito.

Independente da forma a inovação não pode ser obra do acaso. A inovação só é possível com investimentos perenes apoiados por uma estratégia focada em tornar a inovação uma vantagem competitiva. Inovação não pode estar restrita a um lançamento isolado, mas sim a um processo ininterrupto.

Só assim, a inovação pode ser considerada um ativo intangível por si. Quando ela é uma estratégia, adotada e fundamentada pela empresa ou nação, se transforma em uma competência, um atributo capaz de gerar valor, visibilidade e interesse, materialidade, relevância, consumo e conexão “emocional” com seus públicos.

 

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